A ARTE TRANSFORMA ESTAÇÕES DO METRÔ DE SÃO PAULO
Em iniciativa da prefeitura da cidade de São Paulo, algumas estações abrigam exposições incríveis.
Por Marina Monari
Em meio a tantas idas e vindas, talvez os lugares mais cheios da cidade de São Paulo recebe diversas exposições de arte e fotografia, as estações do metrô. É comum pensar nesse meio de transporte e imaginar as milhares de pessoas que apenas passam por ali, com pressa de chegar ao trabalho ou em casa; aquela imagem que o paulistano tem na cabeça da estação da Sé, ou a da Luz, às cinco da tarde. Na contramão, vem a arte e transforma.
Na baldeação da linha amarela para a azul na mesma estação da Luz cheia em horários de pico, duas exposições, uma que exalta os direitos humanos e a outra, o Oriente. A primeira, desenhada e escrita em azulejos brancos nas paredes da estação, passagens da Declaração dos Direitos Humanos, palavras essenciais como “cidadania”, “justiça” e “igualdade” e os desenhos explicando a trajetória do Brasileiro e como esses artigos foram respeitados ou não.
A segunda exposição, intitulada “Oriente-se” tem por objetivo mostrar uma viagem dos fotógrafos Ernesto Stock e Andreza Teixeira de três meses pela Ásia, passando pelo Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia, com uma boa parte do percurso feito de bicicleta. Com mais de cinco mil fotos, eles tentaram mostrar o que os olhos do ocidente já não conseguem mais enxergar: a filosofia dos orientais, as cores e todo o confronto de conceitos dessas duas divisórias do mundo.
Depois, entrando no metrô e descendo na estação República, é possível que se aprecie mais três exposições; duas delas fotográficas e uma com desenhos em aquarela.
Esta última, “Momentos de gratidão”, da artista Edna Carla Stradioto traz sua experiência pessoal para a arte, focando na gratidão; em imagens aquareladas, ela retrata o sentimento pela vida, pelo ar, pela leveza e pelas arestas, de uma forma simples e suave.
A primeira das galerias de fotos, é um compilado do fotógrafo e repórter Celso Cavallini em seus 25 anos de profissão em viagens pela América. Em “Paraíso das Américas”, ele retrata as belezas naturais de todo o continente em imagens esplêndidas que revelam, ao mesmo tempo, uma força assustadora e uma imensa paz em todas as paisagens – do extremo Norte ao Sul.
Por final, o fotógrafo Alberto Tanaka retrata o dia a dia de uma das profissões mais perigosas e essenciais do mundo, os bombeiros. Em “Heróis do Fogo”, o artista e Engenheiro Civil, que ocupa uma cadeira imortal na Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura, expõe aos olhos de quem quiser a bravura desses homens e mulheres, na cidade de São Paulo, com fotos magníficas e chocantes.
Chegando à estação Paraíso, em frente à plataforma que segue sentido Tucuruvi, há uma exposição fotográfica que uniu Suécia – primeiro país a deixar de restringir a licença maternidade apenas às mães – e Brasil. Uma série de fotografias, “Pais Presentes”, que conta a história de pais atuantes na vida de seus filhos, tanto quanto as mães, que entendem a divisão igualitária nas tarefas de criar e educar uma criança.
É arte, em um ambiente que serve apenas de passagem, mostrando aos passageiros que deve-se olhar mais para onde está, há beleza e riqueza até mesmo nesses lugares.
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